terça-feira, 6 de novembro de 2012

Vênus em quadrantura com a lua natal, ou A esquina é o escritório do diabo

Putas, e por que não? Eu também sou uma, afinal. E hoje à noite vou me degradar um pouco, me vender barato, encarar as coisas como são.
Desci a rua.
A mesma rua, em outra hora, é outra rua.
Vênus brilha no céu. Mas aqui em baixo é outra coisa bem diferente.
Ela é magrela e pequena, tem coxas duras, tetas bicudas e grandes, lindas e pardas, eu sinto seus mamilos roxeados roçando no tecido por efeito do ácido que tomei há pouco e os meus própios embicam até doer, e o cheiro de perfume barato provoca em mim uma ereção. Eu pergunto quanto ela me cobraria para fazê-la gozar e ela não entende a pergunta, naturalmente. Seus cabelos são negros e cacheados, ela usa um jeans colado e botas de salto que quero que andem sobre mim, mas ela acha isso estranho também, então peço só que abra bem as pernas de frente para a parede espelhada e que comece a masturbar-se, isso ela entende, e faz com uma desatenção que me esquenta o sangue, é como se eu não estivesse ali. Sua buceta é sedosa e rósea, eu estou com o pau na mão, teso, mas ainda não decidi o que fazer com ele, talvez não faça nada, talvez só bata mais uma punheta hoje. Aí ela diz - Você não vai me chupar?
É claro que vou.
Mas não agora. A situação, não sei por quê... Já sei, o perfume: Seu cheiro me remeteu à outra vadia, essa bem mais melindrosa, por não cobrar, mas que me deixava louco. De certa vez, voltando à pé de uma festa, paramos em um banco e nos sentamos frente a frente e ela subiu sua saia comprida até o talo e me ofereceu a língua pontuda, que chupei como se fosse as mamas de minha mãe, de onde escorre a vida, e depois ergueu-se de súbito, caminhou até um beco próximo, eu nunca vou esquecer a maneira como me olhou, e entrou no beco, sumiu no breu. Corri atrás. Não precisei ir longe, ela estava de costas para as grades de uma casa me esperando com um dos seios à mostra, para fora da blusa, seios fartos que eu adorava lamber, mas em vez disso puxei de uma só vez sua calcinha e a guardei em meu bolso e me enfiei inteiro por baixo de sua saia, de volta ao útero, enfim. Eu a chupava e ela ofegava e se contorcia agarrada às grades, mas evitava gozar, e evitava que eu gozasse, também, achava aquilo uma traição ao namorado, vá entender... Fomos adiante com esse lenga.lenga, parando de esquina em esquina e se lambendo e se esfregando e só, até chegarmos em frente ao seu portão, entrarmos na varanda e ela sentar-se em uma grande cadeira de ferro em frente a um banco onde me encostei, sentado no chão,  pôr seus pezinhos no assento e abrir as pernas me mostrando o caminho. Eu implorei com olhos suplicantes que, e ela entendeu e abriu mais as pernas, apoiando-as nos braços da cadeira, e abriu com as mãos os lábios. Eu então puxei-a pela cintura até minha boca e recebi um beijo molhado de sua xota, um beijo de língua, quente e macio, um beijo de boa noite. E nos despedimos. Antes disse que prefere chupar outra mulher a ser chupada, e então me deu um beijo carinhoso, ou malicioso, não sei mais a diferença, e despediu-se, finalmente. Não aguentei sequer chegar em casa. Encostei em uma árvore e me masturbei com sua calcinha enfiada em minha boca e a mordida que me deu latejando em meu peito, perfeitamente estampada. A lua cheia alta no céu foi testemunha de meu gozo.
E cá estou novamente, sob o domínio da vulva, que diabos.
-Você não vai me chupar, bebê?
É claro que vou, mamacita.
E por que não?