Senhora,
A flor que te daria, sinto informar, nasceu pretérita do quando dá-la queria, e isso era hoje, e já vai hoje em tarde... E o tempo urge e ele, que dobra crianças em velhos e noites em dias, diz que é meu por direito o presente que renuncias e ainda em minhas mãos pende.
Bem-ou-mal-que-me-queira, vou despetalando-lhe os laços... E quando enfim o desnudo, descubro, estúpido, que dentro desta caixa, onde os tolos não vêem nada - e quando muito um botão - há na verdade mapas e nestes mapas rotas que me sussurram "persiga-me" e eu nem as pergunto aonde vão: Ponho meu barco à deriva do rio que elas indicam e, nave sem rota em ida sem volta, vou...
E ao fim da viagem, entendo - e eis que nisso consiste o presente - que minha nau me levou, tão semente, à promessa de uma outra... Flor!
Senhora, ironia, em algum lugar riem de mim. Aqui, uma blue note passa a página, outra história.
A flor que te daria, sinto informar, nasceu pretérita do quando dá-la queria, e isso era hoje, e já vai hoje em tarde... E o tempo urge e ele, que dobra crianças em velhos e noites em dias, diz que é meu por direito o presente que renuncias e ainda em minhas mãos pende.
Bem-ou-mal-que-me-queira, vou despetalando-lhe os laços... E quando enfim o desnudo, descubro, estúpido, que dentro desta caixa, onde os tolos não vêem nada - e quando muito um botão - há na verdade mapas e nestes mapas rotas que me sussurram "persiga-me" e eu nem as pergunto aonde vão: Ponho meu barco à deriva do rio que elas indicam e, nave sem rota em ida sem volta, vou...
E ao fim da viagem, entendo - e eis que nisso consiste o presente - que minha nau me levou, tão semente, à promessa de uma outra... Flor!
Senhora, ironia, em algum lugar riem de mim. Aqui, uma blue note passa a página, outra história.
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