quarta-feira, 30 de julho de 2008

Hello, Crazy People


Aqui fala Biu, câmbio, 17:19, quase à Hora do Brasil. Dezoito por cento de umidade relativa do ar, Beth, lembra? Eu morri de rir, agora descobri na pele pra que serve isso...
Não sei nem pra que lado fica o mar.
O Sol se põe em BSB, fulminando tudo. Eu também. Amanhã é sexta, eu baixei um disco legal, tenho uma bike e um violão que Roberta afina pra mim, tenho uma caixinha cheia de brinquedos divertidos, uns chapas squizos, é vero, mas e daí? Eu vou sair, haverá uma dose para beber, alguém para conversar, algo para comemorar, e crédito para pagar a conta...
E há um sol no céu, isso é bom que fique claro, ele providenciará o novo dia que virá.
E é isso aí, cambada, a gente se encontra num bar.

sábado, 26 de julho de 2008

take a look at the lawman beating on the wrong guy...


Amor, você não me contou o que você sonhou, não deu tempo, você começou com aquele papo chato de contas novamente, então eu dei um jeito de sumir de tua frente, paguei a conta e me mandei, e agora aqui diante desse espelho, por mais que olhe eu não vejo motivo algum para viver, então, debruço-me sobre um papel branco, e calculista, afino as cordas e começo a escrever uma história de crimes, cheia de sangue e maluca, com buracos negros, arapucas...
Aí nesta parte parei.

De frente para o crime, por um instante, vacilei. Há sempre esta parte da gente que é cabresto, mas quando senti o repuxão em minha boca, aquele gosto travoso, espumei, cuspi, e esporei, e esporrei o conteúdo quase todo de um 38 no corpo daquele infeliz, e, por um novo instante, novamente, vacilei.
Filho de puta. Há um outro, e depois eu.
Mas vamos por partes, primeiro o outro. Saí apressado e meti-me pela passarela em disparada, minha outra parada está há poucos metros de mim. No caminho não penso na polícia, não penso que devia ter tentado escrever, não penso em como fugir, não penso em desistir, não penso em que o outro filho de puta pode não estar lá, não penso em nada que me faça parar. E, lá, mal entrando começo a disparar os projéteis que me restam, dois, um é suficiente, não o que passou-lhe entre os dentes, o que estabacou-lhe a testa.
Faltou um para mim.
Pior que a morte é a vergonha. Então corri dali apontando a arma para todo o lado, porque o lugar estava lotado, quando dobrei a esquina ouvi disparos, como demora, a polícia. Atravessei o eixão vazado, eis aí um feito incrível em uma vida medíocre, que insiste em existir... Tomei a direção do buraco-do-tatu, nunca curti altura, mas vai ter que servir. Fui por entre as superquadras, margeando as sirenes, mas cansei, vi um banco, lá sentei, e dormi.
No sonho, pensei - Mas o que foi que eu fiz? Eu morri? Eu matei. Por que ainda estou aqui? Não há justiça nesse mundo?

O teu sonho era assim?

Amor, você sonhou, eu acordei.
Mas voltei a dormir, e com eu dormindo sonhei, e, aí, nesta parte, parei.

- A conta, plz.

sábado, 19 de julho de 2008

Congratulations, kid


Afinal, foi mais punheta que trepada, ejaculação que gozada, ando pensando em me matar. Vivo sonhando acordado, com um olhar alucinado, amigos acham que surtei... E acho até que menstruei.
De tanto sangue derramado, confesso, preocupado, fui à um ginecologista, o doutor Vaginoaldo, que me disse, emocionado - Congratulations, Kid.