Quando Roberta viu o poket fest car encostar em frente ao bar mudou de cor. Pediu licença aos outros da mesa, levantou-se, dirigiu-se ao banheiro e ficou por lá tentando recuperar o sangue. E pensando em vingança. Mas parece que não deram por sua falta, então ela voltou, pra quê? A festa já estava armada, alguém levantou todo feliz, estou salva, ela pensou, não é comigo. Era. É por você que os sinos dobram, Roberta, e que os fogos espocam, e que a sirene apita e o diadema brilha e os auto-falantes berram. O horror. Mas tem gente que gosta, o cara que pensou que era com ele sentou-se novamente, visivelmente decepcionado. Ao mesmo tempo, de sua mesa, seus amigos gritaram - ali. E apontaram. Roberta ponderou, e correu, correu o mais que pôde, gritando "não sou eu".
Tsc, tsc. Ficar louca não vai adiantar, baby: Parabéns pra vo-cê, nesta data que-ri-da. Mônica, esta é a sua vida...
Quando eu conheci Mônica ela já era irremediavelmente louca, e absurdamente bela. Bem, este não é um mundo sadio, então me apaixonei por ela. Eu estava em um café, vegetando, ela apareceu, perguntou se podia sentar, sentou sem esperar a resposta e começou a explicar algumas coisas sobre mim que eu ainda não sabia, só muito tempo depois percebi que ela não falava de mim, falava dela, em segunda pessoa, então passei a chamá-la Mônica, entenderam? E também porque ela é dentucinha e sabichona.
-Muito bem, este foi o maridão, e agora, quem se habilita?
"Agora sou eu. Eu. Eu!"
-E quem é você, jovem?
"Eu sou a médica dela."
Quando eu conheci Mônica ela ainda era Roberta, ela insistia muito nisso de ser ela mesma, mas é pra isso que existem os antidepressivos, não é mesmo? Em menos de um ano ela já estava outra, irreconhecível. Um verdadeiro milagre.
Roberta não parecia confortável em sua camisa de força. Em sua camisa de força, Roberta não parecia Mônica. Mônica é sempre feliz. Roberta é louca.
...Mas quem não é, aqui, em Hysteria?
"Muito bem, alguém mais?"
Por trás da mordaça, Roberta balbuciou algo, "não sou eu", ninguém deu importância, a festa continuou. Muitas fe-li-ci-da-des, muitos anos de vida. Parabéns, Mônica. Feliz Desaniversário, Robx.
Tsc, tsc. Ficar louca não vai adiantar, baby: Parabéns pra vo-cê, nesta data que-ri-da. Mônica, esta é a sua vida...
Quando eu conheci Mônica ela já era irremediavelmente louca, e absurdamente bela. Bem, este não é um mundo sadio, então me apaixonei por ela. Eu estava em um café, vegetando, ela apareceu, perguntou se podia sentar, sentou sem esperar a resposta e começou a explicar algumas coisas sobre mim que eu ainda não sabia, só muito tempo depois percebi que ela não falava de mim, falava dela, em segunda pessoa, então passei a chamá-la Mônica, entenderam? E também porque ela é dentucinha e sabichona.
-Muito bem, este foi o maridão, e agora, quem se habilita?
"Agora sou eu. Eu. Eu!"
-E quem é você, jovem?
"Eu sou a médica dela."
Quando eu conheci Mônica ela ainda era Roberta, ela insistia muito nisso de ser ela mesma, mas é pra isso que existem os antidepressivos, não é mesmo? Em menos de um ano ela já estava outra, irreconhecível. Um verdadeiro milagre.
Roberta não parecia confortável em sua camisa de força. Em sua camisa de força, Roberta não parecia Mônica. Mônica é sempre feliz. Roberta é louca.
...Mas quem não é, aqui, em Hysteria?
"Muito bem, alguém mais?"
Por trás da mordaça, Roberta balbuciou algo, "não sou eu", ninguém deu importância, a festa continuou. Muitas fe-li-ci-da-des, muitos anos de vida. Parabéns, Mônica. Feliz Desaniversário, Robx.
Um comentário:
Feliz em minha mordaça, eu Roberta/Monica, como na novela Selva de Pedra que a Simone Vilhena vira Rosana Reis e todo mundo acha normal.
Pense bem ante fazer uma presepada dessa para mim...
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