sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Quando seis é nove


Vasta e quieta e seca a planície. O fogo vem em ciclos e casca grossa em necromassa eu explodo em mil gametas decantando, decantando e com eles descem girando em dupla hélice, helicópteros vegetais, as flores salpicadas ao vento pelo salto do passarinho em meus dendritos, ele acaba de saltar na fenda sináptica, mas e daí? ele sabe voar! Painas boiam no vento e borboletas pipocam aqui, ali, em todo lugar. A grama cresce morna, e outras espécies herbáceas, colonas. Sistema radicular profundo, subsolo adentro me ergo para cada vez mais fundo e longe de minha biomassa aérea. E em direção ao teu seio, mãe. A seiva, o sêmem. Mãe, em tua derme dormitam meus gens encubados em ninhos suculentos de minhas próprias cinzas. Sonham em germinar. Mais um quanta, rogo, e adormeço, exausta. Sonho com a Fênix. Acordo muda, em outro mundo. No céu um sol, uma lua. Vasta e quieta e marrom a colina, meu novo lar. O cheiro da terra denuncia a chuva. Mãe, que nunca nos falte de teu leite, para nosso sustento, nem de tua sombra, para o nosso descanso, amém.

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