sexta-feira, 28 de março de 2008

Sirva-se Records Rádio Rock


...E ...ando ...idade à nossa ...ação ...mal - dizia o cara da rádio, que por sinal está muito mal sintonizada, incomodando quem se presta a ouvi-la com toda essa estática que graficamente soa mais ou menos assim: Bzzz... Tzzzz... Bzzzt!
Deixando, todavia, de lado toda essa estática, e dando continuidade à nossa programação normal - dizia o cara da rádio - vamos à entrevista com o Professor P, nosso ufólogo anarco-punk de plantão. Heim? Perdão, Professor, Plutão. E aí, Professor, um de nossos ouvintes está na linha conosco agora e gostaria de saber o seguinte: É a arte uma forma de se trazer deus para a terra, funcionando assim meio como que uma máquina ritualística? E, caso a resposta seja afirmativa, seu contrário também é válido? A arte pode ser o elevador do belzebu, o pula-pula da besta, o upa-upa cavalinho do cão? Quais as implicações políticas disto? Porém, antes, querido ouvinte, por que você está ouvindo uma rádio tão boa num volume tão baixo?
Porque aqui na drogaria não dá pra ouvir mais alto.
E como é trabalhar em uma drogaria? A igreja católica ainda é dona da Roche?
Acho que sim.
Nada mais conveniente, não?
Acho que sim.
Muitas drogas?
É uma drogaria, ora.
Sim, claro. E como vai seu armário de controlados?
Vai bem.
Um abração pra ele.
Pode deixar.
Qual era mesmo a pergunta?
Esqueci.

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