.. subways on my DNA, now. next station, nowhere - says a voice in my head - get away. and, yeah, mind in the gap, is just my mind in the gap...
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
s/ titulo
Nas hordas inimigas há sempre guarita onde um bom soldado possa descansar da sempre santa guerra dos que dão a vida para que outros possam matar. E aí está tua nova casa, a cova rasa, teu lar. Entra, senta, vai deitar, lamber tuas feridas, enfim dormir, talvez sonhar em ganhar medalhas, em novas batalhas imaginárias...
E morrer, morrer, morrer. Matar, matar, matar.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
Sirva-se Records, in the until the end tour since 1975.
Ora, bolas, um homem tem de fazer o que um homem TEM de fazer. Nem sempre é fácil ou certo ou justo ou politicamente correto, mas necessário. DEVE ser feito. Então um homem o faz, é essa nossa natureza.
Eu sou um homem.
Eu faço o que tenho de fazer. Eu opero no tempo e não no espaço. Isso pode vir a incomodar você, eventualmente, mas, creia, não é pessoal. Eu devo à minha vida ser livre, encarar o eterno tigre do agora de frente até ser devorado por ele é a minha missão nesta terra do nunca, e eu a levarei a cabo, ou não me chamo severino. E me desculpem ainda estar por aqui. Não estava nos meus planos, absolutamente. Isso aqui não é vida, é morte lenta, a vida verdadeira, a vida que até agora eu só pude vislumbrar, está em outra parte, definitivamente.
Aqui eu sou um forasteiro. Eu não gosto daqui.
Mas um homem faz o que um homem tem de fazer. Arre.
Eu sou um homem.
Eu faço o que tenho de fazer. Eu opero no tempo e não no espaço. Isso pode vir a incomodar você, eventualmente, mas, creia, não é pessoal. Eu devo à minha vida ser livre, encarar o eterno tigre do agora de frente até ser devorado por ele é a minha missão nesta terra do nunca, e eu a levarei a cabo, ou não me chamo severino. E me desculpem ainda estar por aqui. Não estava nos meus planos, absolutamente. Isso aqui não é vida, é morte lenta, a vida verdadeira, a vida que até agora eu só pude vislumbrar, está em outra parte, definitivamente.
Aqui eu sou um forasteiro. Eu não gosto daqui.
Mas um homem faz o que um homem tem de fazer. Arre.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
i am, who cares?
eu sou o que dorme e o que desperta.
então...
sabem essa múmia em posição de lótus de um monge tibetano resgatada recentemente enquanto tentavam vendê-la no mercado negro e que os outros monges afirmam categoricamente nem estar morta mas meditando profundamente??
pois bem:
eu acho que eles estão corretos.
e sabem do que mais???
é melhor não mexer com quem está quieto.
então...
sabem essa múmia em posição de lótus de um monge tibetano resgatada recentemente enquanto tentavam vendê-la no mercado negro e que os outros monges afirmam categoricamente nem estar morta mas meditando profundamente??
pois bem:
eu acho que eles estão corretos.
e sabem do que mais???
é melhor não mexer com quem está quieto.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
rise & fall de um anão de jardim do éden
o eterno dia que no que vem vai-se embora ainda está por vir. e enquanto isso aqui, agora, mas, já nasce atrasado o rompante estático, e, capturado cada momento a cada instante nessa ininterrupta queda inconstante, num estalo, caímos exaustos, exangues, nas malhas errantes de uma rede social qualquer e - scratches de espumas do mar na areia da praia, nada mais - vamos. então vamos, nada mais. nada além, e nada aquém, também.
nada, sempre.
pois senão nunca, quando então finalmente, de repente e de fato, exato, como sói, o agora.
hein??
quiçá outrora.
e se nesse dia que foi, admito: morri, sinto muito se não me querem aqui...
não no que vem.
terça-feira, 11 de novembro de 2014
you gotta move
Em animação suspensa nesse suspense animado, o meu estado:
de choque. O único de direito, aliás, bem sei. E demasiado humano, talvez.
Sê, pois, prego, e ama não o martelo, mas o golpe - que o
projeta para além das régias tábuas onde, em leito de morte, dormitam as leis.
E transcende o plano.
Ou, parafuso, revolte-se.E transcende o plano.
terça-feira, 27 de maio de 2014
zero in loco here by now
espaço é um local cercado de cantos por todos os lados, onde estamos.
lugar é um aqui onde somos.
lar é um lugar no espaço: um sítio onde ser está - nossa Ítaca.
é para lá que vamos.
lugar é um aqui onde somos.
lar é um lugar no espaço: um sítio onde ser está - nossa Ítaca.
é para lá que vamos.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
epa hei, money
e, para encurtar essa história, arrebentados os selos, ainda restará, ao teu desespero, entender o porque de ser tua derrota minha glória, o meu olimpo o teu gólgota e tua geena sinai de onde reluz minha lei.
é que são frias as chamas que tremeluzem as ganas de teus deuses ocos.
e assim como minha paz tua guerra e minha aurora quimera de teu mendigo, meu cristo; me ergo e, logos, insisto: ainda não me enganei.
e se, findas as contas me julgas um energúmeno completo, eu que não sei somar te confesso (a tu, que me crês celerado, e vives contando os trocados) que contra toda arporia - e de encontro à ordem vigente, que já anuncia poentes de manhãs ainda nem concebidas - da angular pedra hermética e concisa, trimegistas ondas sonoras embalam minhas colossais fantasias, das quais extraio a energia.
e hoje terei um bom dia. custe o que isso custar.
fique com o troco.
terça-feira, 18 de março de 2014
quem mora no morro/não morre no asfalto
...lá vem o brasil - baleado, ignorado, esfolado, humilhado - mais e mais, descendo a ladeira. esse poço não tem fundo? viva a merda, então? salva de tiros pra cima, pra baixo, pra tudo que é lado, e enquanto observamos, abestalhados, o espetáculo, a ponta do último prego batido no nosso caixão é virada. gol de placa. aqui jaz uma nação.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
o eixo, o rio, o mar
Ei-lo, o eixo mono mental, espinha dorsal de Brasília, trilha por onde flui, estéril, o rio transcendental da burocracia.
Ei-lo, Babel, torre horizontal sonhando distopias de um dia beijar o céu.
O Estige é seu afluente, serpente, e Marte teu ascendente.
À tua margem a cidade, transbordante de gentes, que, inevitavelmente, tropeçam em tuas correntes, e aos borbotões, por marés de azar, vagueiam, à deriva, até desaguarem em um mar de lama, onde flutua, ilhado - símios por todos os lados - o drama da espécie humana.
Ei-lo, Babel, torre horizontal sonhando distopias de um dia beijar o céu.
O Estige é seu afluente, serpente, e Marte teu ascendente.
À tua margem a cidade, transbordante de gentes, que, inevitavelmente, tropeçam em tuas correntes, e aos borbotões, por marés de azar, vagueiam, à deriva, até desaguarem em um mar de lama, onde flutua, ilhado - símios por todos os lados - o drama da espécie humana.
domingo, 1 de dezembro de 2013
papo ereto
Acho uma pala, assim, tipo afrohipster, sacô?
Claro que sim. Que a lógica tem sentido é lógico, até, mas
que o sentido tem lógica já não sei. Acho que com certeza tudo isso é muito super,
mas, não sei, algo me diz que, não sei não.
Não. Não tem, do contrario teria, e isso sim, não tem
lógica.
Deveras.
Hell, não.
Pois sim. Isso é um diálogo, presume-se que haja aí um
cruzamento de dados para um compartilhamento com fins de abrangermos o conjunto
até um desejável todo, o xis da questão.
O xis da questão, sabe qual é? Ene.
Putaquepariu.
O quê?
Cê tá certo.
Então, é ou não é?
Total afrohipster.
Tô falando...
É, só que fui eu que falei, ó.
Pô, fí, tu num tá se ouvindo.
Ouvindo porranenhuma não, rei.
É treta, então, truta?
Já é.
Demorô.
Curte só o meu cano, então, ô mané.
- Bum.
Pois tava regulando mixaria, cuzão, quer ver um na tora?
- Bum!
Ôpa. Perdeu, ladrão.
terça-feira, 30 de abril de 2013
planos sobrepostos para sexta à noite
Então havia essa sala onde eu estava, e que era outra, e no outro canto da outra sala um espelho por onde me encarei. Era eu, o outro, sem sombra de dúvidas, vi, e me encarando ergui um arco, saquei a flecha, mirei-me a testa e disparei a seta. Atingi o alvo. Em cheio. Parti-me ao meio.
Estou inteiro, novamente.
Estou inteiro, novamente.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
In your shoes
eu sou um vagabundo, como todo homem moderno; não tenho nada, como todo homem livre; duvido de tudo, como todo homem inteligente; ando desnorteado, como todo homem apaixonado, e estou à beira de um ataque de nervos. mas isso como todo mundo.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Vênus em quadrantura com a lua natal, ou A esquina é o escritório do diabo
Putas, e por que não? Eu também sou uma, afinal. E hoje à noite vou me degradar um pouco, me vender barato, encarar as coisas como são.
Desci a rua.
A mesma rua, em outra hora, é outra rua.
Vênus brilha no céu. Mas aqui em baixo é outra coisa bem diferente.
Ela é magrela e pequena, tem coxas duras, tetas bicudas e grandes, lindas e pardas, eu sinto seus mamilos roxeados roçando no tecido por efeito do ácido que tomei há pouco e os meus própios embicam até doer, e o cheiro de perfume barato provoca em mim uma ereção. Eu pergunto quanto ela me cobraria para fazê-la gozar e ela não entende a pergunta, naturalmente. Seus cabelos são negros e cacheados, ela usa um jeans colado e botas de salto que quero que andem sobre mim, mas ela acha isso estranho também, então peço só que abra bem as pernas de frente para a parede espelhada e que comece a masturbar-se, isso ela entende, e faz com uma desatenção que me esquenta o sangue, é como se eu não estivesse ali. Sua buceta é sedosa e rósea, eu estou com o pau na mão, teso, mas ainda não decidi o que fazer com ele, talvez não faça nada, talvez só bata mais uma punheta hoje. Aí ela diz - Você não vai me chupar?
É claro que vou.
Mas não agora. A situação, não sei por quê... Já sei, o perfume: Seu cheiro me remeteu à outra vadia, essa bem mais melindrosa, por não cobrar, mas que me deixava louco. De certa vez, voltando à pé de uma festa, paramos em um banco e nos sentamos frente a frente e ela subiu sua saia comprida até o talo e me ofereceu a língua pontuda, que chupei como se fosse as mamas de minha mãe, de onde escorre a vida, e depois ergueu-se de súbito, caminhou até um beco próximo, eu nunca vou esquecer a maneira como me olhou, e entrou no beco, sumiu no breu. Corri atrás. Não precisei ir longe, ela estava de costas para as grades de uma casa me esperando com um dos seios à mostra, para fora da blusa, seios fartos que eu adorava lamber, mas em vez disso puxei de uma só vez sua calcinha e a guardei em meu bolso e me enfiei inteiro por baixo de sua saia, de volta ao útero, enfim. Eu a chupava e ela ofegava e se contorcia agarrada às grades, mas evitava gozar, e evitava que eu gozasse, também, achava aquilo uma traição ao namorado, vá entender... Fomos adiante com esse lenga.lenga, parando de esquina em esquina e se lambendo e se esfregando e só, até chegarmos em frente ao seu portão, entrarmos na varanda e ela sentar-se em uma grande cadeira de ferro em frente a um banco onde me encostei, sentado no chão, pôr seus pezinhos no assento e abrir as pernas me mostrando o caminho. Eu implorei com olhos suplicantes que, e ela entendeu e abriu mais as pernas, apoiando-as nos braços da cadeira, e abriu com as mãos os lábios. Eu então puxei-a pela cintura até minha boca e recebi um beijo molhado de sua xota, um beijo de língua, quente e macio, um beijo de boa noite. E nos despedimos. Antes disse que prefere chupar outra mulher a ser chupada, e então me deu um beijo carinhoso, ou malicioso, não sei mais a diferença, e despediu-se, finalmente. Não aguentei sequer chegar em casa. Encostei em uma árvore e me masturbei com sua calcinha enfiada em minha boca e a mordida que me deu latejando em meu peito, perfeitamente estampada. A lua cheia alta no céu foi testemunha de meu gozo.
E cá estou novamente, sob o domínio da vulva, que diabos.
-Você não vai me chupar, bebê?
É claro que vou, mamacita.
E por que não?
Desci a rua.
A mesma rua, em outra hora, é outra rua.
Vênus brilha no céu. Mas aqui em baixo é outra coisa bem diferente.
Ela é magrela e pequena, tem coxas duras, tetas bicudas e grandes, lindas e pardas, eu sinto seus mamilos roxeados roçando no tecido por efeito do ácido que tomei há pouco e os meus própios embicam até doer, e o cheiro de perfume barato provoca em mim uma ereção. Eu pergunto quanto ela me cobraria para fazê-la gozar e ela não entende a pergunta, naturalmente. Seus cabelos são negros e cacheados, ela usa um jeans colado e botas de salto que quero que andem sobre mim, mas ela acha isso estranho também, então peço só que abra bem as pernas de frente para a parede espelhada e que comece a masturbar-se, isso ela entende, e faz com uma desatenção que me esquenta o sangue, é como se eu não estivesse ali. Sua buceta é sedosa e rósea, eu estou com o pau na mão, teso, mas ainda não decidi o que fazer com ele, talvez não faça nada, talvez só bata mais uma punheta hoje. Aí ela diz - Você não vai me chupar?
É claro que vou.
Mas não agora. A situação, não sei por quê... Já sei, o perfume: Seu cheiro me remeteu à outra vadia, essa bem mais melindrosa, por não cobrar, mas que me deixava louco. De certa vez, voltando à pé de uma festa, paramos em um banco e nos sentamos frente a frente e ela subiu sua saia comprida até o talo e me ofereceu a língua pontuda, que chupei como se fosse as mamas de minha mãe, de onde escorre a vida, e depois ergueu-se de súbito, caminhou até um beco próximo, eu nunca vou esquecer a maneira como me olhou, e entrou no beco, sumiu no breu. Corri atrás. Não precisei ir longe, ela estava de costas para as grades de uma casa me esperando com um dos seios à mostra, para fora da blusa, seios fartos que eu adorava lamber, mas em vez disso puxei de uma só vez sua calcinha e a guardei em meu bolso e me enfiei inteiro por baixo de sua saia, de volta ao útero, enfim. Eu a chupava e ela ofegava e se contorcia agarrada às grades, mas evitava gozar, e evitava que eu gozasse, também, achava aquilo uma traição ao namorado, vá entender... Fomos adiante com esse lenga.lenga, parando de esquina em esquina e se lambendo e se esfregando e só, até chegarmos em frente ao seu portão, entrarmos na varanda e ela sentar-se em uma grande cadeira de ferro em frente a um banco onde me encostei, sentado no chão, pôr seus pezinhos no assento e abrir as pernas me mostrando o caminho. Eu implorei com olhos suplicantes que, e ela entendeu e abriu mais as pernas, apoiando-as nos braços da cadeira, e abriu com as mãos os lábios. Eu então puxei-a pela cintura até minha boca e recebi um beijo molhado de sua xota, um beijo de língua, quente e macio, um beijo de boa noite. E nos despedimos. Antes disse que prefere chupar outra mulher a ser chupada, e então me deu um beijo carinhoso, ou malicioso, não sei mais a diferença, e despediu-se, finalmente. Não aguentei sequer chegar em casa. Encostei em uma árvore e me masturbei com sua calcinha enfiada em minha boca e a mordida que me deu latejando em meu peito, perfeitamente estampada. A lua cheia alta no céu foi testemunha de meu gozo.
E cá estou novamente, sob o domínio da vulva, que diabos.
-Você não vai me chupar, bebê?
É claro que vou, mamacita.
E por que não?
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
na terra dos meninos dos olhos iguais
para meus amigos.
Prometeu, acorrentado. Ulisses, atado. Cristo, crucificado. Gozamos de nossa liberdade em uma prisão?
Ou talvez tenha sido sempre assim, não me lembro. Períodos sóbrios são raros apostos em minhas frases. Eu, sujeito sem oração, que rezo a muitos deuses, nunca de joelhos, e sempre com uma taça cheia em mãos.
No entanto hoje está sendo um dia incomum. Hoje meus pensamentos não são sereias nem harpias: Estou lúcido e minha lucidez me guia. Espero continuar assim até o fim desta... Canção?
O mundo dá voltas. Há ordem no caos.
O caos dá voltas na ordem do mundo. Há!
O caos dá voltas na ordem do mundo. Há!
O fio da meada acha-se em meio ao estouro da boiada, nas entrelinhas das letras miúdas ao fim do contrato que se assina sem ler e boa sorte pra você, Iure, Tyego, Serguei, Liuba, Daniel, Juliana, Milla, Stvz, Caio, Gustavo, Lazlo, Lara, Amanda, Davi, Danton, Bonga, Cris, Beca, Rogério, Lapão, Clovix, Nina, Evera, Diego, Chico, Carlos, Micha, Henrique... Tantos nomes, os mesmos olhos. Nas escadarias da Matriz, como eu, queimando fumo, assistindo a vida passar: A terra dos meninos dos olhos iguais, lar dos paraísos artificiais. Vácuo, oásis, clareira e cais. Afinal, de onde não se volta é, justamente, para onde se vai, quer você queira ou não.
Foi você quem me levou lá, baby, seguindo reto pela contramão, lembra? Nem eu. Estátuas de sal deixadas pra trás praguejando elaborados discursos eloquentes tentando nos roubar a atenção, querendo companhia, quem diria, e há pouco penduravam no pescoço os tesouros da terra, essa mesma que agora queima, é o que dá erguer uma civilização à beira de um vulcão. Castelos de areia só duram até a maré cheia.
A terra dos meninos dos olhos iguais, Tyara, não é, pois, um lugar, é um instante, que passa, mas volta.
As ondas vêm e vão.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
hic! home
Esteriliza-se. Todos sabem o que fazer com um problema irresolúvel. Não há um que não seja solúvel em álcool, ou inflamável, e de qualquer modo extinguível.
Entrou no bar decidido a se dar de mal, e deu-se.
Antes de ser expulso debateu-se, estrebuchou, vomitou, xingou, chorou e mordeu-se, o pobre diabo, um infeliz, um coitado sem sorte, e cheio de hematomas, agora. Eu estava lá, vou contar a história...
Um pouco por pena, mais por falta do que fazer, mesmo.
Era uma vez um bêbado. Ele andava certo por linhas tortas. Nunca quebrou um osso, nunca entrou em cana. Pelo cano várias vezes, via copo, sempre. Daquela vez que entrou no bar decidido a dar-se mal ele parecia até sóbrio, mas isso só durou três doses, doze minutos, algo assim - O tempo anda estranho aqui no fim do mundo, aqui às vezes é verão, e às vezes sim, mas hoje não. Hoje é um desses dias, um dia como outro qualquer, que tal Domingo? Domingo, então. Entrou no bar decidido, pediu um shot, depois um tiro, depois um cuba libre, uma tequila, um conhaque, outro tiro, e agora sim, verão, enfim. O clima muda, depois de dois tecos e quatro lapadas, vai por mim.
Quem é você, meu caro bêbado?
- Hic! Uma prezepada, essa vida. Vivemos em estado de sítio, em plena capital do país. Sítio. Jaca, manga, cana, acerola... Sítio. Dormimos no toque de recolher, acordamos ao som de helicópteros, à tarde vêm as sirenes. Tudo muito normal, as filas, os baculejos, as câmeras, os blecautes, os suicídios, e qualquer coisa que não for isso é suspeito... Viva o estado de choque, o único de direito! Uma prezepada, uma comédia da qual não é permitido sorrir, tudo muito sério. Meu síndico taca bombas em mim, dia desses fui denunciar um estupro e quase sou preso, e há pouco quase me dou muito mal por não conseguir explicar que eu sou eu, então, você até pode ser feliz, só não pode sorrir. Já percebeu que toda vez que alguém sorri uma sirene toca?
E aí desandou a rir. E antes de ser expulso do bar debateu-se, estrebuchou, chorou e mordeu-se.
Hic!
Entrou no bar decidido a se dar de mal, e deu-se.
Antes de ser expulso debateu-se, estrebuchou, vomitou, xingou, chorou e mordeu-se, o pobre diabo, um infeliz, um coitado sem sorte, e cheio de hematomas, agora. Eu estava lá, vou contar a história...
Um pouco por pena, mais por falta do que fazer, mesmo.
Era uma vez um bêbado. Ele andava certo por linhas tortas. Nunca quebrou um osso, nunca entrou em cana. Pelo cano várias vezes, via copo, sempre. Daquela vez que entrou no bar decidido a dar-se mal ele parecia até sóbrio, mas isso só durou três doses, doze minutos, algo assim - O tempo anda estranho aqui no fim do mundo, aqui às vezes é verão, e às vezes sim, mas hoje não. Hoje é um desses dias, um dia como outro qualquer, que tal Domingo? Domingo, então. Entrou no bar decidido, pediu um shot, depois um tiro, depois um cuba libre, uma tequila, um conhaque, outro tiro, e agora sim, verão, enfim. O clima muda, depois de dois tecos e quatro lapadas, vai por mim.
Quem é você, meu caro bêbado?
- Hic! Uma prezepada, essa vida. Vivemos em estado de sítio, em plena capital do país. Sítio. Jaca, manga, cana, acerola... Sítio. Dormimos no toque de recolher, acordamos ao som de helicópteros, à tarde vêm as sirenes. Tudo muito normal, as filas, os baculejos, as câmeras, os blecautes, os suicídios, e qualquer coisa que não for isso é suspeito... Viva o estado de choque, o único de direito! Uma prezepada, uma comédia da qual não é permitido sorrir, tudo muito sério. Meu síndico taca bombas em mim, dia desses fui denunciar um estupro e quase sou preso, e há pouco quase me dou muito mal por não conseguir explicar que eu sou eu, então, você até pode ser feliz, só não pode sorrir. Já percebeu que toda vez que alguém sorri uma sirene toca?
E aí desandou a rir. E antes de ser expulso do bar debateu-se, estrebuchou, chorou e mordeu-se.
Hic!
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
11.08 Mhz, Severino FM
Eu fico parado esperando, remoendo, até dar vontade, então levanto e venho até aqui, te dizer. Mas afinal quem é você senão o mote mesmo pelo qual me ergo e, sendo assim, por que ouvir o que se sabe, e de mim?
Uma palavra que encontra uma voz é uma verdade, fale. E você me diz - Não, prefiro ouvir.
Pois bem, somos favorecidos pela acústica aqui, ouça: Largue-me! Estou cansado de arrastar cadáveres, e você deveria estar cansado de morder o próprio rabo, circuito fechado, bzzt, frequência ruim.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Lonesome Madness
A loucura e a solidão são sócias.
Dia após dia
Hora após hora
Andam sempre lado a lado.
A veia cava e o nervo vago (Aqui enfim engalfinhados).
E se com ambas tenho flertado
Com apenas uma tenho dormido...
Até agora.
Faz sentido?
Dia após dia
Hora após hora
Andam sempre lado a lado.
A veia cava e o nervo vago (Aqui enfim engalfinhados).
E se com ambas tenho flertado
Com apenas uma tenho dormido...
Até agora.
Faz sentido?
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
tin.tin
Uma ressaca rascante me escancara e escarra minha cara no chão da sala de estar, em frente à tv, na hora do jornal. Uma boa hora pra morrer. Mas ainda não.
As notícias do mundo lá fora desfilam sobre mim com saltos altos de marfim em marcha lenta fúnebre.
A tarde esquenta. Eu suo em bicas que desaguam em diques onde alambiques destilam minha abstinência em gotas serenas da moléstia canina.
Minha sina.
My way.
E agora...
Com vocês...
Eu.
Em queda livre. Em carne, osso e demência.
Subindo a rua. Descendo a ladeira. Seguindo a sombra projetada à minha frente pelo sol às minhas costas tortas. Em alguns minutos lhe bato à porta, lhe peço àgua, lhe parto a cara e retorno à sala, pra saber de você pela minha tv.
Ao que parece, você ia muito bem, obrigado, até ontem, quando tua casa foi invadida e foste feito refém: Dois ou três hematomas. Parece que perdeu alguns dentes.
Que mundo cão.
Levanto. Arrumo a mala. Preparo um drink. Uma pro santo...
Sempre em frente.
As notícias do mundo lá fora desfilam sobre mim com saltos altos de marfim em marcha lenta fúnebre.
A tarde esquenta. Eu suo em bicas que desaguam em diques onde alambiques destilam minha abstinência em gotas serenas da moléstia canina.
Minha sina.
My way.
E agora...
Com vocês...
Eu.
Em queda livre. Em carne, osso e demência.
Subindo a rua. Descendo a ladeira. Seguindo a sombra projetada à minha frente pelo sol às minhas costas tortas. Em alguns minutos lhe bato à porta, lhe peço àgua, lhe parto a cara e retorno à sala, pra saber de você pela minha tv.
Ao que parece, você ia muito bem, obrigado, até ontem, quando tua casa foi invadida e foste feito refém: Dois ou três hematomas. Parece que perdeu alguns dentes.
Que mundo cão.
Levanto. Arrumo a mala. Preparo um drink. Uma pro santo...
Sempre em frente.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
old blue eyes song
Diga,
O que faço comigo?
Ponho um saco na cabeça?
Uma corda no pescoço?
Eu já lavei a louça. Eu já roí meu osso.
Eu já subi e desci tantas vezes a W3 que, a certa altura (estava alto mesmo, admito),
Topei comigo.
Era noite, fazia frio, estava só, trazia um spray.
Reconheci-me, outro bandido,
E passei batido, não me cumprimentei.
Segui caminho, e em um muro, com minha letra, eu vi escrito:
MY WAY.
O que faço comigo?
Ponho um saco na cabeça?
Uma corda no pescoço?
Eu já lavei a louça. Eu já roí meu osso.
Eu já subi e desci tantas vezes a W3 que, a certa altura (estava alto mesmo, admito),
Topei comigo.
Era noite, fazia frio, estava só, trazia um spray.
Reconheci-me, outro bandido,
E passei batido, não me cumprimentei.
Segui caminho, e em um muro, com minha letra, eu vi escrito:
MY WAY.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Hit me, you can´t hurt me.
O mais frágil dos homens. A mais bruta das bestas.
Quando vier, não tenha pena de mim. Não demonstre a mínima compaixão, nem medo, eu me enfiaria por uma brecha dessas e fatalmente te faria me desculpar, e eu preciso da sua ira, eu preciso ouvir cada uma das palavras frias que você tem pra mim. Quero que as atire, uma a uma, contra meu peito. Eu preciso que você seja duro comigo, amigo, que me escancare os defeitos. Você pode fazer isso?
O aplauso desmedido é o adubo do suicídio, já dizia um velho sabido. Seja, pois, rude comigo. Quem sabe um dia também faça isso por ti.
Quando vier, não tenha pena de mim. Não demonstre a mínima compaixão, nem medo, eu me enfiaria por uma brecha dessas e fatalmente te faria me desculpar, e eu preciso da sua ira, eu preciso ouvir cada uma das palavras frias que você tem pra mim. Quero que as atire, uma a uma, contra meu peito. Eu preciso que você seja duro comigo, amigo, que me escancare os defeitos. Você pode fazer isso?
O aplauso desmedido é o adubo do suicídio, já dizia um velho sabido. Seja, pois, rude comigo. Quem sabe um dia também faça isso por ti.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
bright sunshine day
Quando Marte entrou em quadrantura com Vênus e a lua cheia surgiu no horizonte de... não importa, no ano da graça de, tanto faz, um dia comum de primavera, se o era, nesse dia eu morri. O resto é a história.
Minha vida curta e passageira deu-se conta de ser curta e, passageira, passou. Estou passado. No future to me. E ainda assim, cá estou. Isso dá-se por sempre haver quem me escute, de outra forma não seria e é isso que agora quero lhe contar: Você, arqueólogo do que não há, não deveria me escutar, porque gosto de falar e meu discurso é um monólogo obscuro, um mau agouro ao futuro, um canto absurdo, uma quimera. As novas eras e as velhas idéias não deveriam se encontrar. Fica a dica.
E agora calo. Quanto a você, pare de me dar ouvidos onde possa me pendurar, como brincos pesados demais, graves demais, que te impedem de erguer a cabeça e admirar um novo dia a cada dia, até o seu dia chegar, pois, quer você queira ou não, ele há de chegar.
Adeus, e até lá.
Minha vida curta e passageira deu-se conta de ser curta e, passageira, passou. Estou passado. No future to me. E ainda assim, cá estou. Isso dá-se por sempre haver quem me escute, de outra forma não seria e é isso que agora quero lhe contar: Você, arqueólogo do que não há, não deveria me escutar, porque gosto de falar e meu discurso é um monólogo obscuro, um mau agouro ao futuro, um canto absurdo, uma quimera. As novas eras e as velhas idéias não deveriam se encontrar. Fica a dica.
E agora calo. Quanto a você, pare de me dar ouvidos onde possa me pendurar, como brincos pesados demais, graves demais, que te impedem de erguer a cabeça e admirar um novo dia a cada dia, até o seu dia chegar, pois, quer você queira ou não, ele há de chegar.
Adeus, e até lá.
sábado, 28 de julho de 2012
curte só:
veja, aqui meu coração: dois atrios, dois ventriculos, sei lá quantos bpm´s por minuto... um coração normal, igual ao de qualquer um. o que o faz especial, ao menos para mim, é o fato de ser meu. um dia começou a pulsar, um dia vai parar. enquanto isso eu vivo, e da única maneira que sei - sendo eu. sacô? e até que tenho me saído bem, haja visto que ainda estou aqui.
eu não quero demarcar território no espaço. no tempo.
eu vou me foder. todos vamos. incondicionalmente.
é esta nossa sina, alguma novidade?
mas já não me preocupo mais com isso.
nem você.
não é mesmo?
eu não quero demarcar território no espaço. no tempo.
eu vou me foder. todos vamos. incondicionalmente.
é esta nossa sina, alguma novidade?
mas já não me preocupo mais com isso.
nem você.
não é mesmo?
sexta-feira, 13 de julho de 2012
37
Que era filho do vento e tinha vindo pela minha mãe; Que "Quem sobe batendo desce apanhando"; Que era muito antigo, mas eu sou mais; Que somo húmus e, portanto, humildade; Que era o capitão, mas eu sou o general e que não havia nada que ele me dissesse que eu já não saiba; Que eu considerasse quantos morreram para que eu estivesse aqui... e todas essas coisas me dizia assim, aos borbotões e de supetão. Eu não estava preparado para isso. Eu não conseguia entender de onde ele veio, a rua estava vazia. Chegou, apresentou-se como um anjo que não lembro mais o nome e ficou muito impressionado quando, de choça, respondi-lhe que sou Azazel. Seguia meu caminho, e ele comigo, e adiante demos em um bar lotado com uma mesa e duas cadeiras nos esperando ao que pensei e por que não, o que é um peido pra quem já está cagado, né? Sentamos. Pedi uma cerveja, ele fez-me observar a impressão que causávamos nas mesas em torno e continuou com sua ladainha descontrolada... Que isso, que aquilo, que éramos espíritos e não humanos e que ele estava esperando por mim para enfim encarnar, mas que isso não me ocorreria, e, então, quando disse-lhe que precisava ir, apesar de me garantir que não precisava de grana em absoluto, pediu-me para pagar-lhe outra, o que fiz. Ele agradeceu, mas não isso, e me disse que nunca mais nos veríamos. Eis o motivo deste texto.
Catei um de seus cigarros e segui meu caminho. Andei muito, quando amanheceu o dia alcancei uma garotinha no colo do pai me encarando, na contramão vinha um ancião. Quando nos cruzamos acenei para a garotinha e foi isso: O passado ficou para trás. O futuro me sorriu.
Era meu aniversário.
Catei um de seus cigarros e segui meu caminho. Andei muito, quando amanheceu o dia alcancei uma garotinha no colo do pai me encarando, na contramão vinha um ancião. Quando nos cruzamos acenei para a garotinha e foi isso: O passado ficou para trás. O futuro me sorriu.
Era meu aniversário.
terça-feira, 3 de julho de 2012
think i´m just happy (ou não)
você tem um jeito só seu de me menosprezar
(luv ya)
as coisas são assim e não adianta insistir
(let it bleed)
haja o que houver, esteja onde estiver
(drop dead)
os bons às vezes vencem no final
(keep calm)
nem hoje nem amanhã, quem sabe ano que vem.
- Amém.
(luv ya)
as coisas são assim e não adianta insistir
(let it bleed)
haja o que houver, esteja onde estiver
(drop dead)
os bons às vezes vencem no final
(keep calm)
nem hoje nem amanhã, quem sabe ano que vem.
- Amém.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Quem avisa amigo é
Você aí tentando me fazer de bobo
E eu cá só dando uma de doido
Mas doidos surtam
E quando surto eu mordo
Vá, desde já, tomar uma antirrábica
domingo, 10 de junho de 2012
tell me about
Ele tem um cofre sob a cama onde guarda seus segredos, o segredo do cofre é abracadabra, dentro dele está o buraco da fechadura, encoste seu olho lá e veja: não há nada. Então, para que a pressa, para que se preocupar?
Mistério. Mágica. Matemática. Só palaras, deixe estar. Há um sol no céu e isso é tudo que importa aqui, agora, e, você bem sabe amigo, não há outra hora, não existe outro lugar.
Mistério. Mágica. Matemática. Só palaras, deixe estar. Há um sol no céu e isso é tudo que importa aqui, agora, e, você bem sabe amigo, não há outra hora, não existe outro lugar.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Elvis has left the biulding
Este é o melhor dos mundos. É realmente uma pena estarmos todos irremediavelmente mortos. Dito isto, viva! Vamos! Há contas por pagar. Acorde! Adiante. A fila anda, você é o próximo.
Ante a boca banguela vermelha aberta do caixa da lotérica Robsbadson amarelou. Ficou pra trás, cedeu a vez, sentou num canto, perdeu a hora, ganhou o dia, riscou um fósforo, sacou o jogo, olhou o fogo, deixou queimar, ouviu o som em sua cabeça e lembrou que ainda sabe dançar. Robsbadson is out. Aonde a fila vai não interessa mais. Alright, alright alright! If Elvis has left the biulding we all are out of our minds.
Turn on. Tune in. Drop out.
Ante a boca banguela vermelha aberta do caixa da lotérica Robsbadson amarelou. Ficou pra trás, cedeu a vez, sentou num canto, perdeu a hora, ganhou o dia, riscou um fósforo, sacou o jogo, olhou o fogo, deixou queimar, ouviu o som em sua cabeça e lembrou que ainda sabe dançar. Robsbadson is out. Aonde a fila vai não interessa mais. Alright, alright alright! If Elvis has left the biulding we all are out of our minds.
Turn on. Tune in. Drop out.
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